Nada me pertence mais que as memórias do uso a que me dou,
Sirvo tudo o resto e acabarei por esquecer, nu e em branco sótão,
Como tudo o que faço, fazendo disso o que se chama um jantar a 2,
Como a ilusão num acostumado raso prato, jantando-nos no alto divã,
Na divisão de barraco que em mim mora, pode ser amanhã ou foi noutra
Era d’antiga hora, onde não existo nem quero insistir.Fora d’portas
Nada me pertence mais do que uma trouxa e a memória destas notas,
A firmar que estou eu entrando no sonhar que esquecer não quero,recuo
Senão quando o ouço clamar ao ouvido incincero dizendo adeus,
Como sonho ido embora, esqueço o que diz meu barraco coração
Agora mesmo e se chora partido, perdido e sem historia ou vã-glória,
Mas conscienço-me que foi par’outro estado novo, estrada que não vou
No meu ir, fui noutra…
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“Mais da ermo e inexplicável “torah”
De saberes que esta vida é verdadeira
e feia feita
Que é uma coisa real,uma rameira prenha
que é como um ser em dúvida eterna
e em todo o seu mistério
Realmente real, bem dentro dela
As duplas garridas
Formas do erro mais simples do pensar,
A vazia do suposto eu e profunda negação
que o ego profunda guarda.
O bem e o mal são formas de erro,justapostas,
não implicariam Deus”
(Joel em Pessoa)